USP demite professor por plágio em pesquisa
A reitoria da USP decidiu demitir um professor de dedicação exclusiva, com mais de 15 anos de carreira, após entender que ele liderou pesquisa que plagiou trabalhos de outros pesquisadores. A informação é de reportagem de Fábio Takahashi publicada na edição da Folha deste domingo (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).A exoneração por plágio é a primeira na instituição em mais de 15 anos. O imbróglio envolveu também a ex-reitora Suely Vilela, coautora da pesquisa questionada. Ela não sofreu punição --a avaliação é que não teve relação com os trechos plagiados.
O docente Andreimar Soares, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, foi demitido por ser o principal autor da pesquisa, que copiou imagens de trabalhos de 2003 e 2006, sem creditá-las aos autores, da UFRJ (Federal do Rio).
Outra pesquisadora teve o título de doutorado cassado. Era responsável pelas partes contestadas. Tanto o docente quanto a pesquisadora podem recorrer internamente e judicialmente das decisões.
O professor Andreimar Soares não concedeu entrevista após sua demissão. Em novembro de 2009, ele enviou por e-mail à Folha algumas respostas sobre o caso.
"Não houve plágio, mas lamentável erro de substituição de figuras pela minha ex-aluna de doutorado", disse. "Não houve má-fé e todas as medidas já estão sendo tomadas para a retratação deste grave erro junto à editora e à comunidade científica." A retratação já foi feita.
A reportagem não encontrou a pesquisadora que perdeu o título de doutora. Ao informativo da Adusp (sindicato dos professores da USP), também de 2009, ela afirmou que o que o professor disse "é o que realmente aconteceu" e lamentou a situação
Essa reportagem traz um assunto muito sério e que geralmente não é levada em consideração por muitos acadêmicos que é o plágio. Tomar o trabalho de outra pessoa como se fosse seu é no mínimo falta de respeito, sem contar com a falta de criatividade ou até mesmo competência para criar seus próprios projetos. O mínimo que se deve fazer nesses casos é pelo menos mencionar os autores das obras e trabalho citados. Isso chama-se dignidade.
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